Em geral, uma instalação elétrica precisa de apenas duas fiações para funcionar: o fio força, responsável por fornecer a energia, e o fio neutro, responsável por trazer a corrente de volta. No entanto, há um terceiro fio necessário para garantir a segurança dos equipamentos eletrônicos e das pessoas presentes no local da instalação.
Trata-se do fio terra, elemento crucial no aterramento elétrico. A fiação é responsável por impedir que haja a fuga de energia do sistema, protegendo profissionais e usuários de choques elétricos, além de diminuir o risco de queima de eletrodomésticos. Quando há qualquer sobrecarga ou defeito elétrico, o aterramento elétrico leva tal corrente elétrica em direção ao solo, evitando maiores problemas.
Como funciona o aterramento na instalação elétrica
Resumindo, a instalação elétrica se beneficia do aterramento como uma medida de segurança. Quando um eletrodoméstico apresenta qualquer tipo de defeito, há a liberação de correntes elétricas, chamadas de correntes de fuga, que perpassarão a carcaça do objeto. Com o aterramento, essas correntes são direcionadas ao solo, sendo carregadas pelo fio terra.
Ao todo, existem três tipos diferentes de aterramento a serem realizados em sua instalação elétrica: aterramento funcional, aterramento de segurança e aterramento de trabalho.
- Aterramento funcional: previsto pela legislação brasileira a partir da NBR5410, trata-se da ligação de um dos condutores de distribuição (geralmente o neutro) à terra;
- Aterramento de proteção: confere a ligação de elementos condutores à terra durante o período de instalação, com intuito de evitar choques provenientes de um contato direto;
- Aterramento de trabalho: definido como um aterramento temporário, é utilizado como medida de segurança durante a manutenção em que parte das instalações encontram-se energizadas.