Após uma grande reformulação em janeiro, o mercado livre de energia bateu recorde de adesão no primeiro trimestre de 2024. A partir da nova legislação, a modalidade está disponível para todas indústrias e comércios que usam voltagem acima de 2,3 kV, fazendo com que cinco mil novos consumidores tenham migrado para o modelo, de acordo com o balanço divulgado na última semana pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O mercado livre de energia é uma ótima opção para grandes empresas há muitos anos, mas sua reformulação agora passa a beneficiar empresas de médio e pequeno porte, facilitando a vida de muitos empreendedores.
Entenda o mercado livre de energia
No Brasil, há duas maneiras do consumidor comprar energia. A primeira delas é o Ambiente de Contratação Regulada (ACR), processo pelo qual as concessionárias fornecem energia aos consumidores com um valor regulado e fiscalizado a partir do consumo, com taxas, modalidades e bandeiras.
No entanto, há também o Ambiente de Contratação Livre (ACL), mais conhecido como mercado livre de energia. Nessa modalidade, é possível que haja a retirada da distribuidora intermediária, diminuindo custos. O consumidor negocia os valores diretamente com o fornecedor, escolhendo de quem comprar eletricidade. Mais do que isso, é possível negociar a quantidade de energia contratada, o período de suprimento, as formas de pagamento, entre outras.
Como explicado acima, a modalidade é válida apenas para negócios com voltagem acima de 2,3 kV. Antes, o limite mínimo para ingressar na modalidade era constituído pela demanda igual ou superior a 500 kW.