De acordo com dados do balanço realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), de janeiro a outubro de 2024, 20.973 consumidores migraram para o mercado livre de energia, em função de poder negociar livremente de quem querem adquirir energia elétrica.
O total de migrações deste ano é em torno de três vezes maior do que o verificado em todo o ano passado, enquanto o número de novos clientes desse mercado somou 7.397.
De acordo com o CCEE, a maioria dos novos consumidores são de pequenas e médias empresas, como padarias, supermercados, farmácias e escritórios, que adotaram um modelo de contrato varejista. Nesta modalidade, os clientes passam a comprar seu fornecimento de energia de um distribuidor que se torna responsável por representá-los no mercado e apoiá-los na gestão do dia a dia das operações na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
Mercado Livre de Energia permite que os consumidores escolham seus próprios fornecedores
2024 é o primeiro ano de vigência da abertura dessa alternativa para consumidores do intitulado grupo A, de média e alta tensão, que passaram a ter essa medida, já disponível para as grandes indústrias. No MLE, os consumidores têm o poder de escolher seu próprio fornecedor, o tipo de fonte da qual quer comprar energia, e negociar preços e prazos.
“A liberdade de escolha, com o consumidor no centro do negócio, gera mais competitividade, promove a modernização do setor e, consequentemente, pode resultar em uma energia mais barata”, afirma o presidente do Conselho da CCEE, Alexandre Ramos.
Para segmentos e empresas onde a energia corresponde a custo relevante, a migração produz economias substanciais, que se traduzem em valores mais competitivos.
“Em média, as empresas que migram para o Mercado Livre de Energia conseguem uma redução entre 25% e 30% nos custos, dependendo do perfil de consumo e das condições de negociação”, segundo a sócia-conselheira do Grupo Studio, Juliana Tescaro. “A economia varia conforme a região e o tipo de contrato fechado, mas o mercado livre oferece uma vantagem competitiva significativa ao permitir que as empresas escolham seu fornecedor e negociem condições específicas”, disse.
Ela diz que esse tipo de contrato fornece uma autonomia e previsibilidade nos custos de energia. “Também permite a escolha dos fornecedores com energia de fontes renováveis, priorizando aspectos de sustentabilidade e responsabilidade ambiental”, finaliza Tescaro.