A privatização da Eletrobras, considerada um dos maiores casos de terceirização do cenário nacional, foi finalizada em 9 de junho de 2022. Dessa forma, recentemente completaram-se dois anos desde que a empresa entrou para a iniciativa privada.
Diversos analistas de mercado decidiram realizar e expor suas leituras acerca do processo. Em grande parte, há uma visão positiva acerca da privatização da companhia, ainda que hajam receios em seu manejo, afetando o valor de ativos no mercado.
A XP realizou uma atualizaçaõ acerca da Eletrobras no que tangem os preços da energia e os últimos resultados reportados, mantendo recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 57,00 por ação ELET3, ou potencial de alta de 49% em relação ao fechamento da última quarta-feira (10).
De acordo com os analistas da empresa, o cenário de curto prazo é mais favorável nos mercados de energia devido a uma das estações chuvosas mais fracas da série histórica em 2024. Já no longo prazo, os preços devem sofrer uma recuperação lenta.
Por conta da escassez de chuva, a XP passou a adotar preços de R$ 158/MWh (megawatts/hora) para o 2S24, R$ 150/MWh para o período 2025-2027 e R$ 155/MWh para 2028 em diante.
Eletrobras: confira outras previsões e análises
O BB Investimentos, no fim de junho, iniciou cobertura para as ações com recomendação de compra para ELET3, em função do potencial de valorização até o preço-alvo que estima em R$ 51,10 para o fim de 2025 (upside de 34%), e também pelo potencial de remuneração aos investidores via dividendos no longo prazo.
“Assumimos, por ora, o percentual mínimo obrigatório de distribuição de dividendos, de 25% do lucro líquido, dado que o foco inicial da gestão está na reestruturação corporativa, societária e financeira, bem como na retomada da expansão dos ativos, mas entendemos que naturalmente esse porcentual deve aumentar uma vez que os segmentos de atuação da empresa são fortes geradores de caixa”, apontou a empresa.