Os dados do estudo divulgado pelo IEMA revelam que o Programa Luz Para Todos irá demandar pelo menos R$ 15 milhões de módulos fotovoltaicos, além de baterias e inversores com custo de R$ 38 milhões até o fim do ano de 2028.
A pesquisa apontou também que o acesso à energia solar deve ser menos custoso para a populações localizadas em lugares remotos e que dependem de geradores a diesel para ter acesso à eletricidade.
“Se o direcionamento econômico da política pública atuasse no custo de capital dos sistemas, o preço da energia elétrica desses sistemas poderia ser inferior ao preço da energia cobrada pelas distribuidoras locais. Essa ação, somada a já existente tarifa social de energia elétrica poderia atenuar a pobreza energética”, disse um dos autores do estudo e líder de projetos do IEMA, Vinícius Oliveira.
Os pesquisadores destacam também que a variedade das fontes de energia renováveis poderia incitar o desenvolvimento de uma cadeia de serviços nas regiões que passariam a ter acesso à eletricidade.
O estudo do iIEMA que foi nomeado de “Sistemas fotovoltaicos custos e resíduos elétricos e eletrônicos na Amazônia legal: Uma avaliação do Programa Luz Para Todos”. O artigo foi publicado na revista Renewable and Susteinable Energy Reviews, edição de volume 2023, no mês de julho deste ano.
O programa federal, que é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, tem como objetivo levar o acesso à energia elétrica a famílias brasileiras que vivem em locais remotos e de difícil acesso por meio da instalação de sistemas fotovoltaicos.
A iniciativa registrou recorde de investimentos com quase um bilhão em aportes somente no primeiro semestre deste ano. O estado que recebeu o maior volume de recursos foi o parar com R$ 886 milhões, depois o Amapá com R$52 milhões e por último Amazonas com R$ 26 milhões.